
Ter agilidade nos negócios, significa “combinar a percepção e interpretação contínua do mercado, com a capacidade de se antecipar e se adaptar a ele.”
Essa definição, nada tem a ver com levar práticas de agilidade para o contexto do negócio.
Para expandir a transformação para o negócio e para toda a empresa, é fundamental iniciar trazendo a “consciência” dos problemas existentes na organização para aqueles que nela habitam.
Uma organização nada mais é do que o que as pessoas que fazem parte dela, conversam sobre ela.
É o que as pessoas contam sobre as situações que vivem em seus “dia a dia” de trabalho, que define o que uma empresa é.
Identificando padrões nas narrativas das pessoas, é fácil identificar que temas organizacionais precisam de mais atenção para “aumentar a percepção e interpretação contínua do mercado, e a capacidade de se antecipar e se adaptar a ele.” (definição de agilidade de negócios).
Os temas são identificados com base nos padrões encontrados nas narrativas.
Esses padrões, refletem com fidelidade os problemas existentes, pois são extraídos de depoimentos livres de pessoas que conhecem bem a empresa.
Acreditamos que a transformação deve começar sempre pelo contexto da organização com perguntas do tipo:
Quais são os nossos problemas reais? (Permitir que as pessoas contem livremente suas histórias)
Que padrões encontramos nas histórias que estamos contando?
Que temas organizacionais (estratégia, relacionamento, estrutura, tecnologia, processos…) precisam ser revisitados na nossa empresa, para favorecer agilidade no nosso negócio com base nos padrões encontrados nas nossas narrativas?
Como deve ser o modelo de agilidade de negócios da nossa empresa, considerando os temas que precisamos trabalhar?
Cada organização tem respostas diferentes par essas perguntas.
Como então seria possível que um único framework, metodologia ou modelo específico atendesse a todas as empresas?
Somente depois de entendido que temas precisam de atenção, é o momento de trazer a discussão sobre que práticas, existentes ou novas a serem criadas, ágeis ou não ágeis, podem ajudar com a solução de problemas relacionados a cada tema.
Todas as práticas existentes, ágeis ou não, emergiram de problemas reais e só são efetivas, quando utilizadas para ajudar com problemas iguais aos que deram origem a elas.
O inicio de uma transformação organizacional pela implementação de práticas ágeis, fere a essência da natureza de uma empresa complexa, que funciona como um organismo vivo e único, com características próprias.
Tentar implementar práticas ágeis ou não, sem estabelecer um esclarecimento e conexão direta com os problemas que elas estão se propondo a resolver, é como tentar encaixar uma grande bola em uma caixa pequena, e seguir empurrando e forçando a bola para que ela entre na caixa.
As práticas, precisam emergir dos problemas para que façam sentido.
O modelo da sua empresa vivo preciso ser vivo e emergir dela além de ser continuamente adaptável as mudanças, a medida que a empresa evoluir.
A abordagem que descrevemos aqui, que considera o contexto organizacional e as narrativas das pessoas que nele residem, para moldar o modelo de negócios aderente aos problemas da empresa, se diferencia profundamente de abordagens de consultorias tradicionais, fundamentadas em modelos e frameworks prontos para implementação.
Estamos trazendo aqui, a necessidade de revisitar velhas premissas de condução da própria transformação.
Isso pode ser feito de forma simples e pode trazer muito mais significado para as pessoas da empresa, aumentando consideravelmente o senso de propriedade da transformação.
A transformação acontece quando o próprio organismo se transforma e transforma sua natureza e vive sua própria metamorfose.
A abordagem que utilizamos para entendimento do contexto e emersão do modelo e das práticas, faz parte da estratégia do BUILD, estratégia desenvolvida pelo Alexandre Magno fundador da Emergee e criador do Learning 3.0. Para conhecer a abordagem da Set, contacte: tatiana.lima@set-consultoria.com
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